sábado, 25 de maio de 2013

«O Tempo, protagonista da Poesia Barroca»

V Tomo

MANDANDOSE UN RELOX
De movimiento en una ausência

SONETO

Que importa, ò Laura, pues mi amor ignoras
          Que esse relox, q a mi cuidado enbias,
          La mudanza me apunte de los dias,
          Si la igualdad me cuenta de las horas.
Muestre su movimiento a las Auroras
          Quan varias son; que las firmezas mias
          Nunca podràn frustrarse a las porfias,
          Que ha tanto son a tu Deidad deudoras.
Si pues firme en su proprio movimiento
          Mi de un relox con tan igual decoro
          Un hora, un punto, un atomo, un momento;
Que importa, ò Laura, que este mal que lloro,
          Te diga en las mudanzas, que me ausento
          Si muestra en las firmezas, que te adoro?

Anonymo


Na occasiaõ em que o Real Convento do Carmo de Lisboa
Celebrou a noticia do Papa Benedicto XIII.
ter mandado que em toda a Igreja se rezasse
da Senhora do Carmo, fez o mesmo
Autor o seguinte

SONETO

Virgem fermosa, honra do Carmelo,
          A quem o Sacro Empirio reverente
          Louvores mil, alterna docemente
          Do Candor que lograes, sem paralelo,
Fazey do affecto meu, eterno prelo
          Porque estampado fique, & permanente
          No vosso doce amor, com zelo ardente
         Em cada coraçaõ hum Mongibelo.
Para gloria de toda a Christandade
          Hoje o vosso louvor, faz mais jocundo
          De Benedicto Summo a Santidade.
Pois gravou seu espírito profundo
          No Padraõ immortal da Eternidade
          Solemne o vosso culto em todo o mundo.
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(continua) pp.41

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