I. 1. A origem dos textos que compuseram a Clepsydra de 1920.
Nesta primeira edição, por aquilo que se sabe de concreto, só possuía A.C.O. 18 poemas em manuscrito autógrafo de Camilo Pessanha. Surge a dúvida de P.F.:de onde vieram os outros? Três outros poemas terão sido retirados de um jornal de província e os outros, segundo J.C.O., terão sido ditados de memória, pelo poeta, aquando da sua estada em Lisboa, em 1916. Logo, esta edição A foi realizada, praticamente toda, com autógrafos, à excepção dos três poemas.
Em nota, P.F. dá conta dos manuscritos que estão no espólio de C. P. na Biblioteca Nacional, e de todos os poemas que nele se inscrevem. Surge apenas um poema com caligrafia diferente e emendado, cresse, por Pessanha. Todos os comentários de J.C.O. são colocados em causa, porque o mesmo se contradiz a propósito do documento que, em A, teria fixado um dos sonetos. "Sucede o mesmo a propósito de outro soneto," que teria sido copiado de um autógrafo pertencente à família.
Conclui-se que há três diferentes origens para a fixação do texto A: "autógrafo, cópia de autógrafo e ditado." Mas o que parece mais claro é que alguns poemas foram colhidos de várias fontes. P.F. relaciona, em seguida, os poemas e as suas origens prováveis.
Em nota, refere-se à vontade de J.C.O. em ver-se reconhecido como editor literário de Pessanha e P.F. chama a atenção para os textos da edição de 1969. De facto, Osório parece que se indispunha com todos os estudiosos que se aproximavam da obra de Pessanha.
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(Continua)
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