Na 1ª página desta edição surge, ao fundo e ao centro, escrito em latim:
Documenta poetica
(Pressupõe-se que é o nome de uma colecção de poesia da editora, porém não há qualquer informação ao leitor que compre pela 1ª vez o livro.)
No verso da página, observamos uma fotografia, tipo passe, de Camilo Pessanha datada de 1916.
Na 3ª página surge o título do livro, o nome do autor e a cargo de quem esteve a fixação do texto e a escrita do posfácio, seguido do nome dos editores:
CLEPSYDRA
POEMAS DE
CAMILO PESSANHA
Posfácio e fixação do texto
António Barahona
ASSÍRIO & ALVIM
No verso da página, a folha de rosto das Edições Lusitânia de Clepsydra, Poemas de Camilo Pessanha.
A 5ª página é preenchida simplesmente com o nome do livro, ao centro: CLEPSYDRA. Verso da página em branco
Na 7ª página, acima do centro da página, e do lado direito, o título do poema, INSCRIÇÃO. Verso da página em branco. Segue-se, na 9ª página, a quadra «Eu vi a luz em um país perdido.»
A 10ª página está em branco e a 11ª tem escrito, acima do centro da página, e do lado direito SONETOS.
Da 12ª página à 41ª, seguem-se os Sonetos. Depois de uma página em branco, temos na seguinte, acima do centro da página, e do lado direito, escrito: POESIAS.
Da 44ª página até à 69ª temos as Poesias. A uma página em branco segue-se outra, com a palavra: FINAL, escrita acima do centro da página, e do lado direito. A partir das 72ª e 73ª páginas, temos este único poema: «Ó cores virtuais que jazeis subterrâneas,»...
A 74ª página ficou em branco e segue-se um novo título: OUTROS POEMAS. O verso da página está em branco e, na página seguinte, está escrito: SONETOS. Da 78ª página até à 99ª temos os sonetos.
Novo verso de página em branco e na seguinte, acima do centro da página, e do lado direito, escrito: POESIAS. Da 102ª página até à 132ª temos as poesias.
Inicia-se o POSFÁCIO, título da página 133, escrito acima do centro da página, e do lado direito. Verso da página em branco.
Na página 135, observamos uma fotografia de António Osório de Castro e Camilo Pessanha, em Março de 1916. Estão ambos sentados, António apoiado a uma pequena mesa, onde estão papéis soltos, seguros com uma das suas mãos. Outra mão apoia o queixo e levanta-lhe levemente o rosto, levando-lhe o olhar terno, de adolescente, numa direcção abstracta. O Poeta olha em sentido contrário, circunspecto, melancólico, porte altivo, com as mãos pousadas em cima dos joelhos traçados, o cigarro entre os dedos da mão direita que assenta, em cruz, na esquerda.
Poderemos dizer que esta foto remata o livro «Clepsydra», ou inicia a tese que Barahona defende no Posfácio. Ela espelha a amizade serena entre os poetas, a junção da Primavera esperançosa de António e o triste Outono de Pessanha.
No verso da página, acima do centro e do lado esquerdo, estão agradecimentos a Herberto Helder; Luís Abel Ferreira; Luís Manuel Gaspar e Manuel Vieira da Cruz.
Segue-se, da 137ª página à 174ª, "A Chave da Clepsydra", tese que Barahona começa de imediato a defender com a inclusão de dois versos de Ruy Cinatti em epígrafe:
«Os que me amam, conhecem o mistério/Que torna a minha voz inesquecível.»
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(Continua) p.3
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