(Conclusão)
Verificamos que o crítico textual moderno não trabalha tipicamente na espécie de escuridão que rodeava o editor clássico. Para o editor de trabalhos mais recentes, o primeiro e crucial problema é distinguir, e finalmente escolher, entre várias versões textuais, a lição a publicar. Todo este processo envolve a translação de um fenómeno psicológico inicial ("o processo criativo"), - e era este que P.F. queria compreender, por isso se aproximou o mais possível da génese, dos documentos autógrafos de Camilo Pessanha - num fenómeno social (o trabalho literário). Aí reside a verdadeira dificuldade, principalmente quando "a ordenação dos poemas é um problema sem solução." Faltava a P.F. e aos anteriores editores, "um desenho geral e coerente" dado à obra, pelo autor.
Temos, por isso, a edição crítica de Paulo Franchetti, realizada por um leitor e um filólogo que se quis perfeito.
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