segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O ANTROPOCENTRISMO RENASCENTISTA - O Contributo Português

A folha de rosto deste trabalho mostra-nos as caravelas que deram origem às Descobertas Marítimas.Nela contém um excerto de um pequeno texto que nos diz o seguinte:

O orgulho da navegação portuguesa, perpetuada numa aguarela do século XVI. Os Portugueses foram os mais notáveis exploradores do Renascimento. Lentamente, os seus navegadores desceram a costa de África, contornaram a sua ponta sul e acabaram por encontrar uma rota para a Índia e para além dela.

Introdução

Elaborar um trabalho para a disciplina de História das Ideias, sobre "O Antropocentrismo Renascentista e o Contributo Português" àcerca da mudança de mentalidades que se originou durante este período, é, para mim, aliciante. E aliciante porquê? Porque penso que o período Renascentista foi dos que, através dos tempos e da nossa História Universal, se ligou mais profundamente à cultura ilustrada, ou seja, esta mesma cultura é que terá originado, em parte, o próprio Renascimento; por outro lado, existe esse factor importante que foi a cultura da experiência feita. Desta junção entre cultura erudita e popular, ou da experiência, renasce do mundo antigo um novo mundo, entrando aí, por assim dizer, o contributo dos portugueses que, aliando estes dois saberes a uma grande coragem, promoveram as descobertas, e, com elas, puseram em prática uma nova forma de encarar o mundo e o homem. Colocando-o no espaço e no tempo, tornaram-no o centro das atenções, contribuindo, por isso, para o próprio antropocentrismo.
A nossa literatura de viagens abriu novos e amplos horizontes, que foram acrescentados àqueles que vinham detrás, porque o antropocentrismo renascentista não surgiu da noite para o dia; ele foi fruto de longas e sucessivas manifestações, de ideias críticas, e de aspiração de liberdade do homem em relação ao divino e à mentalidade que vigorou durante a Idade Média. Porém, foi precisamente esse período final medievalizante que abriu caminho para o Renascimento.
É por aqui que vou começar o meu trabalho. Que houve de original no espírito medieval que propôs um semelhante renascer? Quando e como se iniciou verdadeiramente esse Renascimento? Afinal porque se começou o homem a interrogar àcerca do próprio homem, e do lugar que lhe cabia no universo? Porque se questionou o divino e se criou uma nova mentalidade profana de confiança no homem? Qual a origem da palavra Renascimento? Porque foram os portugueses capazes de semelhante feito? Qual a nossa originalidade? Estas, e muitas mais, são as minhas próprias interrogações, que nunca estão satisfeitas, porque o meu conhecimento me surge como o pequenino grão de areia dessas praias imensas que os nossos antepassados descobriram! Vou tacteando, procurando a luz que dê resposta a tantas interrogações, próprias do gosto pelo saber, buscando nos livros que me ajudarão a descobrir esse passado, a gota de água desses mares que preencheram vidas e vidas dos nossos antepassados.
Quero pelo passado tentar conhecer melhor o presente. Que presente? Este novo Renascimento que se anuncia, que se pressente.

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