sexta-feira, 25 de maio de 2012

IV Martim de Sá - Governador do Rio de Janeiro

No Espírito Santo não conseguiram a vitória, porque foram repelidos por 300 homens que aí desembarcaram vindos do Rio de Janeiro, comandados por Salador. O mesmo viria a acontecer quando a esquadra de Bonwijni Hendrikszoon chegou defronte da Baía a 1 de Maio de 1625. Os holandeses tinham capitulado, depois de resistirem um mês ao cerco dos portugueses e espanhóis. Albert Schouten faleceu e tomou o comando Hans Ernest Kijf, que retirou da Baía as suas tropas apenas com os alimentos suficientes para a viagem.
Quando faleceu, aquele que foi o primeiro filho nativo que se tornou governador do Rio, já tinha visto toda a costa Sul ser pilhada por Piet Heyn e Olinda e Recife serem tomadas pelos holandeses. No entanto, durante os dois períodos do seu governo,  o Rio de Janeiro não sofreu a invasão do inimigo.
D. Maria de Mendonça e Benevides não foi estranha a toda a obra que Martim de Sá deixou nos quase cinquenta anos em prol da colonização portuguesa. Assim como o não foi na força anímica e coragem que incutiu a seu filho, Sá e Benevides.
Duarte Correia Vasqueanes sucedeu-lhe no governo, apesar de se manter pouco tempo no cargo. Rodrigo de Miranda Henriques foi nomeado pelo governador da Baía, até que sua Majestade decidiu, novamente, entregar o Rio à chefia da Família dos Sás, que melhor tinha zelado pelos seus interesses durante gerações. Foram duas nomeações intermédias, enquanto Salvador não tomava o cargo.
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Nota:
(1) Padilha tinha conhecido Van Dorth e a sua filha em Lisboa, sem saber que este comandante holandês preparava o assalto à Baía. Esta filha, Bertha Van Dorth, apaixonara-se pelo homem que viria a causar a morte de seu pai. No entanto, o seu óbito terá sido acidental, uma vez que Francisco de Padilha, julgava estar a atacar um primo da mulher, que ambos amavam, e que era um holandês de mau carácter. Esse encontro com Van Dorth, teria sido uma cilada montada pelo próprio sobrinho do Coronel, que se dirigia ao porto e ia encapuçado. (não sabemos da veracidade desta história trágico-romântica que nos conta Eduardo Noronha.)
In: NORONHA, Eduardo, Com os Olhos na Pátria! Episódios Dramáticos da Lucta entre Portugueses, Brasileiros e Hollandezes no Século XVII, Porto, Civilização Editora, s/d.

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