quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

De Garrett aos Nossos Dias (continuação)

A partir daqui surgirão as "Paródias", nas quais Francisco Palha se especializou. "Desde a Lisboa de 1850, até aos nossos dias, a revista mantém uma das constantes mais genuínas do teatro português".
Quanto à geração de setenta, curiosamente não criou teartro que perdurasse. Apesar de Eça de Queirós ter participado no teatro estudantil em Coimbra, só fez traduções, assim como Ramalho Ortigão. Teófilo Braga escreveu três peças,  e Oliveira Martins deixou só esboços. Guerra Junqueiro deixou apenas textos de operetas e revista.
O teatro atravessa então uma fase de conflito social de base - um histórico, outro actual. Manuel Pinheiro Chagas escreveu doze peças, onde, através de uma delas, A Morgadinha de ValFlor, em 1869, tenta conciliar as duas linhas teatrais. Entretanto, outros autores escreveram para o teatro. Porém, só surge um novo renovador com D. João da Câmara, que é "uma das mais interessantes personalidades do teatro português", pois "no que respeita a géneros dramáticos, deve-se-lhe a introdução em Portugal, do realismo e do simbolismo". Psicologias, ambientes, a problemática económica e modernizante do país, tornam-se tema e conteúdo das suas peças. Um simbolismo místico ressalta no seu texto, Meia Noite,  com "um anceio fremente de ascender a Deus pela fé, a beleza e o amor". Escreveu mais de quarenta títulos, entre adaptações, traduções e dezenas de originais, que, como legado, abriu caminhos para o novo século XX, que serão os mais variados, numa tentativa permanente de recriar o teatro, através de uma subjectividade paradigmática.




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