segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Período Barroco Visível nas obras e Vivido em Portugal

Cozinhas com grande azáfama, onde se fazem referência ao doce de anjos e à tarte de ameixas, e que recordam aquelas que existiam no Mosteiro dos Jerónimos, onde já se faziam os nossos famosos pastéis de Belém. Ou, porque não, o Convento de Mafra, que tinha um cozinha e aposentos para os frades, e outra cozinha especial e quartos onde residia a Família Real Portuguesa durante o verão. Com salões de música, de jogos, e salas de visitas para a rainha receber os seus amigos. Sala de caça que patenteava (e ainda hoje se pode observar) os troféus que esse desporto proporcionava aos nossos reis e suas famílias e amigos. Capela e orgão, salas em mármores, e biblioteca. Das janelas visionavam, ao longe, o mar, a natureza como vida, "actividade, mudança, fluir". A vida como festa, na qual "imperava" a máscara, tal como se vê na peça e no filme. "Sob a máscara, a sinceridade." De facto, ligados a toda esta vivência estão: o rei, a igreja (com papel relevante para os protagonistas da Contra-Reforma), e o exército, que é admirado e louvado como se pode constatar.
Em Portugal, "a visita de Filipe III, em 1619 (...), já desenha a sumptuária barroca em formas que não deixarão, depois, de se desenvolver (a importância da indumentária, a precisão do cerimonial, a profusão das decorações, os arcos triunfais alegóricos, a utilização do teatro como intrumento para a elevação das multidões, constituem algumas dessas formas). A entrada em Lisboa representaria o momento culminante da visita". Esta transcrição de Rui Bebiano quase que dá por concluído o meu trabalho sobre Cyrano e a peça de teatro.
Efectivamente, morto que foi, ou desaparecido no nevoeiro, o nosso querido rei D. Sebastião, nessa "barroca guerra" de Alcácer Quibir, entrou em Portugal a dinastia dos Filipes de Espanha, que por cá ficaram de 1580 a 1640, mais os vinte e oito anos de guerras que se seguiram até à sua completa expulsão e o aceitar das nossas fronteiras. Na batalha de Arras vi somadas todas essas batalhas.

(continua)

Sem comentários:

Enviar um comentário