Para tudo isto ser levado a bom termo, reuniram-se equipas de vários historiadores especializados em áreas que dão o contributo do seu saber. Jorge Alarcão escreveu sobre a romanização, e refere nesta entrevista que "é muito mais aquilo que ignoramos deles (romanos) do que aquilo que sabemos". Era necessário conseguir que as universidades tivessem uma maior verba disponível para os arqueólogos prosseguirem as suas escavações. Senão, permanecerão as "incógnitas." Não só as da década, de que João Carlos Espada nos fala, mas também aquelas que se referem a "quase um milénio de História."
E este interesse revela-o também Philippe Ariès que, na sua entrevista, fala do que verdadeiramente lhe interessa aprender através das atitudes dos homens perante a morte, a família, a criança; "é um conjunto de fenómenos (...) que se situam numa zona relativamente extensa (onde se passam muitas coisas), entre o biológico e o cultural, entre a natureza e a cultura." Eram fenómenos dos quais os historiadores não se ocupavam porque "pertenciam às coisas imutáveis." Hoje, o interesse dos historiadores abrange, se possível, o que se passou no passado mais remoto e o que se vive no quotidiano.
(continua)
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